Código do Concurso: 975_CReSAP_20_02/19 (repetido com o n.º 1044_CReSAP_20_02/19)

Abertura: sexta-feira, 31 maio 2019

Encerramento: segunda-feira, 17 junho 2019

Entidade: Instituto dos Registos e do Notariado, I.P.

Organismo: Ministério da Justiça

Cargo: Vice-Presidente

 

Nos termos dos artigos 18.º a 19.º-A do Estatuto do Pessoal Dirigente dos serviços e organismos da administração central, regional e local do Estado (EPD), aprovado pela Lei n.º 2/2004, de 15 de janeiro, alterado e republicado pela Lei n.º 64/2011, de 22 de dezembro e alterado pela Lei n.º 68/2013, de 29 de agosto e pela Lei n.º 128/2015, de 3 de setembro, a Presidente da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP), por iniciativa da Senhora Secretária de Estado da Justiça, manifestada à CReSAP em 08 de fevereiro de 2019, faz saber que se procedeu à abertura do procedimento concursal com vista ao provimento do cargo: Vice-Presidente do Conselho Diretivo do Instituto dos Registos e do Notariado, I.P..

Nos termos dos n.ºs 18 a 20 do artigo 19.º do EPD, o procedimento concursal é urgente, de interesse público, não havendo lugar à audiência de interessados e não havendo efeito suspensivo do recurso administrativo interposto do despacho de designação ou de qualquer outro ato praticado no decurso do procedimento. A propositura de providência cautelar de suspensão de eficácia de um ato administrativo praticado no procedimento não tem por efeito a proibição de execução desse ato.

A prestação de falsas declarações sob compromisso de honra constitui contraordenação punível nos termos da legislação em vigor e implica, por força do disposto no artigo 21.º do Regulamento de Tramitação dos Procedimentos de Recrutamento e Seleção dos Cargos de Direção Superior na Administração Pública, a exclusão do procedimento.

Em qualquer fase do procedimento pode o júri solicitar junto dos candidatos a entrega dos documentos comprovativos dos factos por si alegados, podendo ser excluídos do procedimento se não os apresentarem, nos termos do artigo 21.º do mesmo Regulamento.

1 – Características do cargo em concurso

  • – Identificação do cargo de direção a ocupar:

Vice-Presidente do Conselho Diretivo (cargo de direção superior de 2.º grau).

  • – Organismo:

Instituto dos Registos e do Notariado, I.P.

  • – Atribuições e competências:

As previstas no EPD relativamente a cargos de direção superior de 2.º grau; no artigo 21.º da Lei n.º 3/2004, de 15 de janeiro, conjugadas com as atribuições e competências específicas previstas no Decreto-Lei n.º 148/2012, de 12 de julho - Lei Orgânica do Instituto dos Registos e do Notariado I.P. (IRN, I.P.).

O IRN, I.P., tem por missão executar e acompanhar as políticas relativas aos serviços de registo, tendo em vista assegurar a prestação de serviços aos cidadãos e às empresas no âmbito da identificação civil e do registo civil, de nacionalidade, predial, comercial, de bens móveis e de pessoas coletivas, bem como assegurar a regulação, controlo e fiscalização da atividade notarial.

As principais atribuições que estão associadas ao cargo de Vice-Presidente a prover, correspondem a:

  • Definir e liderar a estratégia de modernização e desenvolvimento tecnológico do Instituto;
  • Operacionalizar a transformação do IRN, I.P. no que respeita à implementação de processos e boas práticas de inovação, desenho de serviços, experiência de utilização e gestão da mudança no quadro da modernização e renovação da prestação de serviços de registo e identificação;
  • Liderar o processo de definição estratégica das prioridades ao nível das instalações dos serviços dos registos e operacionalizar o planeamento e na execução de obras de construção, remodelação ou conservação;
  • Definir e operacionalizar a estratégia de imagem e experiência de atendimento em frontoffice, no âmbito de um novo modelo de atendimento;
  • Assegurar, no quadro do Conselho Diretivo, a atribuição do IRN, I.P. de execução dos processos no âmbito da Identificação Civil e Cartão de Cidadão, e correspondente cumprimento das normas legais e regulamentares aplicáveis em matéria de segurança eletrónica.

1.4 – Área de formação preferencial ao perfil:

  • Administração e Gestão de Empresas.

1.5 – Área de especialização preferencial ao perfil:

  • Gestão pública;
  • Gestão de informação.

1.6 – Experiência profissional preferencial:

  • Desempenho de funções de direção superior na Administração Pública;
  • Em gestão de projetos;
  • Nas áreas da modernização e simplificação da Administração Pública;
  • Nas áreas do governo eletrónico.

1.7 – Outros fatores preferenciais:

  • Grau académico superior a licenciatura;
  • Experiência profissional na área dos Registos e da Identificação Civil;
  • Experiência em liderança e projetos em equipa;
  • Experiência em gestão de projetos interinstitucionais;
  • Experiência profissional diversificada;
  • Fluência da língua inglesa;
  • Boa capacidade de comunicação e intervenção em público.

 

1.8 – Relação jurídica de emprego público, duração e respetiva renovação, e exclusividade:

Regime de comissão de serviço, por um período de 5 anos, renovável uma vez por igual período sem necessidade de recurso a procedimento concursal, conforme disposto no n.º 12 do artigo 19.º do EPD, e em regime de exclusividade e incompatibilidade, nos termos dos artigos 16.º e 17.º do mesmo estatuto.

1.9 – Identificação do local de trabalho:

Lisboa.

1.10 – Remuneração:

3.173,95€ (vencimento base) + 583,81€ (despesas de representação).

2 – Requisitos de admissão

2.1 – O procedimento concursal está aberto a todos os cidadãos nacionais, no uso dos seus direitos civis.

2.2 – Ter a licenciatura concluída há pelo menos 8 anos, até à data de abertura do procedimento concursal, conforme disposto no n.º 1 do artigo 18.º do EPD. No caso da licenciatura ter sido obtida no estrangeiro deverá ser reconhecida legalmente em Portugal, até à data de abertura do procedimento concursal.

2.3 – Constitui requisito legal de admissão ao concurso a declaração de aceitação da Carta de Missão.

2.4 – Constitui requisito legal de admissão ao concurso a declaração de que não se encontra em situação de incompatibilidade e/ou impedimento para o exercício do cargo.

3 – Carta de Missão

Consulte documento em anexo, que se encontra no final deste aviso de abertura.

4 – Formalização e prazo de submissão das candidaturas

4.1 – O prazo de submissão das candidaturas é de 10 dias úteis a contar da publicitação na plataforma eletrónica da CReSAP.

4.2 – As candidaturas são apresentadas exclusivamente por via eletrónica a partir do sítio eletrónico da CReSAP, em www.cresap.pt, até ao final do último dia do prazo de abertura do concurso.

4.3 – As candidaturas deverão incluir, entre outros, os seguintes elementos:

  1. O currículo preenchido pelo candidato na plataforma eletrónica de candidatura da CReSAP;
  2. O inquérito de autoavaliação preenchido pelo candidato na plataforma eletrónica de candidatura da CReSAP;
  3. A declaração do candidato em como aceita a Carta de Missão;
  4. A declaração do candidato de que não se encontra em situação de incompatibilidade e/ou impedimento para o exercício do cargo;
  5. A declaração do candidato de que são verdadeiros os elementos ou factos constantes da candidatura;
  6. A documentação comprovativa necessária, nomeadamente no que respeita a certificados ou diplomas académicos, com a respetiva certificação de equivalência em Portugal sempre que obtidos no estrangeiro.

4.4 – O incumprimento do prazo de apresentação da candidatura fixado determina a exclusão da candidatura.

5 – Júri do procedimento concursal

5.1 – O júri do concurso tem a seguinte composição:

Presidente:

Maria Júlia Ladeira, Presidente da CReSAP

Vogais:

Maria dos Anjos Lopes Duarte, Vogal Permanente da CReSAP

Carlos José de Sousa Mendes, Secretário-Geral do Ministério da Justiça e Vogal não Permanente da CReSAP

Perito:

Lourenço António Lopes Torres, Diretor de Serviços de Recursos Humanos da Direção-Geral da Administração da Justiça

5.2 – As deliberações são tomadas por maioria e sempre por votação nominal, não sendo permitidas abstenções.

6 – Métodos de seleção

6.1 – De acordo com o estabelecido no Regulamento de Tramitação dos Procedimentos de Recrutamento e Seleção dos Cargos de Direção Superior na Administração Pública os métodos de seleção incluem obrigatoriamente a avaliação curricular e, para os melhores classificados na avaliação curricular, a entrevista de avaliação. Em resultado da avaliação curricular o júri decidirá quais os candidatos habilitados à fase de entrevista curricular, devendo ser, em princípio, um número mínimo de seis candidatos.

6.2 – Avaliação curricular: Visa avaliar a adequação das competências expressas pelo candidato, no curriculum vitae e no inquérito de autoavaliação, relativamente às exigências do cargo.

6.3 – Entrevista de avaliação: Visa obter, através de uma relação interpessoal, informações sobre comportamentos profissionais diretamente relacionados com as competências consideradas essenciais para o exercício do cargo.

A entrevista de avaliação é composta:

  1. Pela avaliação de competências a qual é integrada por um conjunto de provas que permitem identificar o perfil de competências do candidato;
  2. Pela entrevista pessoal que consiste numa análise estruturada e aprofundada dos critérios previstos no n.º 2 do artigo 6.º do Regulamento de Tramitação dos Procedimentos de Recrutamento e Seleção dos Cargos de Direção Superior na Administração Pública, sustentada pela descrição de comportamentos ocorridos em situações reais e vivenciadas pelo candidato.

7 – Critérios de seleção

7.1 A avaliação curricular e a entrevista de avaliação enquadram o perfil definido pelo membro do Governo que solicitou a abertura do procedimento concursal, tendo necessariamente em consideração o definido na alínea b) do artigo 4.º e no n.º 2 do artigo 6.º do Regulamento de Tramitação dos Procedimentos de Recrutamento e Seleção dos Cargos de Direção Superior na Administração Pública, designadamente em termos da avaliação de competências ao nível de experiência profissional, formação académica, formação profissional, liderança, colaboração, motivação, orientação estratégica, orientação para resultados, gestão da mudança e inovação, orientação para o cidadão e serviço público, sensibilidade social e aptidão.

7.2 – No perfil homologado pelo membro do Governo para o exercício do cargo a concurso, das 12 competências enunciadas no número anterior foram identificadas como competências determinantes:

  • Experiência profissional;
  • Formação académica;
  • Liderança;
  • Orientação estratégica;
  • Orientação para resultados;
  • Gestão da mudança e inovação;
  • Aptidão.

Foram ainda identificadas como competências comportamentais determinantes:

  • Determinação;
  • Empatia;
  • Capacidade para antecipar consequências.

 7.3 – Na avaliação curricular são obrigatoriamente considerados e ponderados os critérios de avaliação referentes às 12 competências enunciadas em 7.1, sendo que considerando o referido em 7.2 no que respeita às competências identificadas como determinantes, são atribuídos os seguintes fatores de ponderação:

  1. Experiência profissional: 9%
  2. Formação académica: 9%
  3. Formação profissional: 6%
  4. Liderança: 9%
  5. Colaboração: 8%
  6. Motivação: 8%
  7. Orientação estratégica: 9%
  8. Orientação para resultados: 9%
  9. Gestão da mudança e inovação: 9%
  10. Orientação para o cidadão e serviço público: 8%
  11. Sensibilidade social: 7%
  12. Aptidão: 9%

7.4 – Após conclusão da aplicação dos métodos de seleção previstos, o júri identificará os três candidatos a apresentar ao membro do Governo.

8 – Documentação complementar

Sempre que considere necessário, o júri solicita aos candidatos documentação complementar relacionada com o currículo apresentado, nos termos da alínea q) do n.º 6 do artigo 7.º do Regulamento de Tramitação dos Procedimentos de Recrutamento e Seleção dos Cargos de Direção Superior na Administração Pública.

9 – Publicação do edital do concurso

Para além da publicação do extrato do aviso de abertura na 2.ª série do Diário da República, o edital de abertura é publicado:

  1. Na bolsa de emprego público (BEP);
  2. Integralmente, no sítio da internet da CReSAP, em cresap.pt.

10 – Em cumprimento da alínea h) do artigo 9.º da Constituição da República Portuguesa, a Administração Pública, enquanto entidade empregadora, promove ativamente uma política de igualdade de oportunidades entre homens e mulheres no acesso ao emprego e na progressão profissional, providenciando escrupulosamente no sentido de evitar toda e qualquer forma de discriminação.